O site O Fiel Católico nos traz uma ótima matéria para responder a esta importante questão e nos esclarecer uma data tão importante para a Igreja e que muitos fazem questão de desmerecer, dados explicações muitas vezes infundadas:
Afinal, Deus mesmo determinou que nos alegrássemos pelo nascimento do
seu Filho neste mundo –, Deus feito homem para a nossa salvação –, e duas
passagens das Sagradas Escrituras muito significativas o revelam. A primeira
está no segundo capítulo de Lucas. Os anjos, logo após o nascimento do Menino
Deus, clamam aos pastores:
“Não temais, eis que vos anunciamos uma Boa Nova, que será de
alegria para todo o povo: hoje vos nasceu, na Cidade de Davi, o Salvador, que é
o Cristo e Senhor!”
(Lc 2,10-12)
Já no Antigo Testamento, afirmava também o Profeta Isaías que
deveríamos festejar o Nascimento do Senhor, numa das mais belas passagens das
Escrituras:
“O povo que andava nas trevas viu uma grande Luz. Sobre os que
habitavam uma região tenebrosa resplandeceu a Luz. Suscitais um grande
júbilo, provocais uma imensa alegria! Rejubilam-se diante de vós como na
alegria da colheita, exultam como na partilha... Porque um Menino nos nasceu,
um Filho nos foi dado; (...) Ele se chama Conselheiro Admirável, Deus Forte,
Pai Eterno, Príncipe da Paz!”
(Is 9,1-5)
Vemos assim, mais uma vez, que o povo cristão, povo de Deus (povo sobre
o qual brilhou a Luz de Deus), é admoestado a se alegrar e celebrar a
Natividade do Cristo. Tanto o Advento quanto o Evento em si –, Advento e Evento
do “Filho que nos foi dado” –, sem dúvida requerem uma santa celebração. E,
sim, há registros históricos desta celebração desde o ano 200 de nossa era
(muito antes de Constantino, portanto).
Já Clemente de Alexandria (150dC) chegou a declarar (atenção) que os teólogos
do Egito “não guardavam nenhum dia do ano a não ser o Natal do Senhor” [conf.
o
Stromata (I.21)]1.
Outro estudo do mesmo rol, realizado por Shemarjahu Talmon, docente da
Universidade Hebraica de Jerusalém, obteve, através do estudo dos manuscritos
de Qumran, calcular a data em que a classe sacerdotal de Abias (a qual
pertencia Zacarias, pai de João Batista) oficiava a liturgia no Templo de
Jerusalém. Ocorre que a classe de Abias servia duas vezes ao ano, sendo uma
delas na última semana de setembro.“Eis, portanto, como aquilo que parecia
mítico assume, inesperadamente, uma nova verosimilhança: uma cadeia de
acontecimentos que se estende ao longo de 15 meses. Em setembro o anúncio a
Zacarias e, no dia seguinte, a concepção de João; seis meses depois, em março,
o anúncio a Maria; três meses depois, em junho, o nascimento de João; seis
meses depois, o nascimento de Jesus. Com este último acontecimento, chegamos
precisamente ao dia 25 de dezembro; dia que não foi, portanto, fixado ao
acaso.”4
Cristo triunfa: os falsos deuses são esquecidos, substituídos pela Luz
da Verdade. É a conversão dos pagãos. É o nascer do verdadeiro Sol invicto
sobre as trevas das antigas crenças: se antes celebravam um mito, agora
celebram o Filho de Deus! Aleluia!
A celebração do Nascimento de Cristo incorpora, assim, estes elementos
essenciais: adoração, doação e louvor.
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