“O santo Batismo
é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que
abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e
regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados
à Igreja e feitos participantes de sua missão.” (CIC 1213)
No caso do
Batismo de crianças, quem recebe o sacramento não pode acolher a Palavra de
Deus, nem fazer um ato de fé. Em lugar delas, são os pais e os padrinhos que professam
a fé. Por isso, é imprescindível a ajuda dos pais e padrinhos para que a graça do
Batismo possa desabrochar e produzir frutos. Devem estar comprometidos com
Cristo e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada
na vida cristã.
A comunidade
também tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação
de graça recebida no Batismo.
Quando os pais não têm fé para comunicar aos filhos pequenos,
batizá-los por quê?
Deve-se deixar o batismo para o
momento da catequese.
O batismo é o
sacramento da entrada na Igreja, que nos faz Igreja. Essa é a dimensão essencial
do Batismo: o ingresso na família de Deus que é a comunidade de Jesus Cristo, a
Igreja. Pelo Batismo passamos a fazer parte da família dos filhos de Deus. (Ef
4,25)(1Cor 6,9-11; Ef 5,26-27; Hb10,22; Rm 6,3-7) O sacramento Batismo tira o
pecado.
Quando um adulto
é batizado, todos os pecados que cometeu até aquele momento são perdoados,
desde que esteja arrependido. No caso de uma criança pequena é tirado o pecado
original, a raiz do pecado. (At 2, 38;22,16; Ef 5,26)
“Quem não nascer da água e do
Espírito, não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5)
Pelo Batismo,
tornamo-nos participantes da missão profética, sacerdotal e régia (pastoral) de
Cristo (1Pd 2,4-10; Ap 1,5-6;Rm 12,1; Jo 3,16; Mt 13,57; Mc 6,4; Lc 13,33)
Pela missão
profética professamos e testemunhamos a fé,
Pela missão
sacerdotal louvamos e servimos a Deus;
Pela missão
régia (pastoral) somos fermento na comunidade e no mundo pela vivência dos
valores do Reino.
“O senhor mesmo afirma que o Batismo é
necessário para a salvação (Jo 3,5). Também ordenou a seus discípulos que
anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações. (Mt 28,19-20)”
Casos especiais
- Mães solteiras
Não é motivo
para se negar ao filho(a) o Batismo, o fato de a mãe ser solteira. Procura-se acolher
com caridade para que não se acrescente ao sofrimento humano um sofrimento espiritual.
Acolhidas com respeito sejam orientadas a escolher padrinhos idôneos.
- Famílias que não apresentam ambiente propício para o crescimento na
Fé e vivência dos
valores morais.
Procura-se ter
certeza que os padrinhos garantirão a educação na fé de seus afilhados.
Quando não há essa garantia, seja
aconselhado adiar o Batismo, depois de adequada evangelização (Cân. 898,2).
- Os casais amasiados
ou casados só no civil que podem casar-se na Igreja
Quando vêem pedir o
Batismo para seus filhos, sejam orientados sobre a importância do Sacramento do
Matrimonio e sejam estimulados a regularizar sua situação. Porém não se exija o
casamento na Igreja como condição para batizar o filho(a). Com sensibilidade
pastoral orientar. Caso não seja possível o casamento busque-se padrinhos com
condições de garantir a educação cristã.
- Os pais divorciados
em segundas núpcias
Poderão batizar os
filhos desde que possam garantir que eles serão educados na fé cristã católica.
É momento para evangelizá-los, convidando-os a participar da Celebração
Eucarística ou da Palavra, e assumir um serviço adequado à sua condição, sem
participar da comunhão eucarística.
- Pais que professam
doutrina contrária ao cristianismo
Espiritismo, maçonaria
, seicho-no-ye, religiões afro, etc. Analisar com prudência e discernimento
pastoral, cada caso. Em certos casos onde não há garantia de educação cristã é
preferível deixar o batismo para quando forem jovens ou adultos, explicando aos
pais os motivos (Cân. 868)
- Quando um dos pais
não é católico
A parte católica deve
oferecer garantia real de que a criança receberá educação católica.
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