A Paz de Cristo,
O site O Fiel
Católico, traz a nós novamente mais uma matéria especial maravilhosa que
trata da Educação, um caminho para a eternidade. Vale a pena ser lida e
estudada.
Abaixo um resumo, mas acessem também o
link: http://www.ofielcatolico.com.br/2005/11/educacao-um-caminho-para-eternidade.html e
vejam a matéria completa.
Artigo do Prof. Erich Ferreira
Caputo,
do Oratório Secular de S. Filipe Neri de São Paulo
PODE PARECER estranho para o homem moderno, mas a verdadeira educação deve ter um único fim: o encontro da alma com o que existe de mais eterno e imutável, isto é, Deus. E cabe à família dar o impulso para esse primeiro passo que levará a pessoa em direção à eternidade. Logo, pode-se dizer que a base da educação é a família, e por meio dessa afirmação é possível traçar um pouco dos atuais problemas pelos quais passa não só a nossa pátria como as demais nações do mundo.
do Oratório Secular de S. Filipe Neri de São Paulo
PODE PARECER estranho para o homem moderno, mas a verdadeira educação deve ter um único fim: o encontro da alma com o que existe de mais eterno e imutável, isto é, Deus. E cabe à família dar o impulso para esse primeiro passo que levará a pessoa em direção à eternidade. Logo, pode-se dizer que a base da educação é a família, e por meio dessa afirmação é possível traçar um pouco dos atuais problemas pelos quais passa não só a nossa pátria como as demais nações do mundo.
As raízes de nossa educação
A família romana
mantinha a religião como elemento central em sua vida, e o pai era o sacerdote
responsável por ela. O núcleo familiar e sua rotina religiosa expandiam-se, com
seus hábitos e costumes, por toda a cidade. Para se tornar um cidadão romano, a
criança recebia uma educação familiar religiosa que seria depois aprimorada
pelo ensino formal, sendo este voltado em grande parte para sua vida na
sociedade.
Com o colapso do império romano do
ocidente, em cerca de 476 dC, boa parte da cultura antiga foi perdida. Coube à
nascente Igreja Católica recolher, por meio dos mosteiros, toda a cultura
ocidental, além de ser a fundadora e, principalmente, a professora de uma nova
civilização.
O fim do Império deu origem ao chamado
feudalismo, que veio a culminar com a formação de um novo império romano ocidental,
porém não mais pagão e sim cristão. Sob a autoridade da Santa Igreja, terá
origem a cristandade medieval.
A cultura
clássica foi cristianizada pelas escolas monacais e todos aqueles que desejavam
uma educação formal seriam então preparados a partir dos chamados Trivium (que
reunia estudos de gramática, retórica e lógica/dialética) e Quadrivium,
com o estudo das chamadas artes liberais (astronomia, matemática, geometria e
música).
É fundamental notar que, nesse tempo, não era a formação do cidadão para o mundo que importava, mas sim sua preparação para buscar o Reino dos Céus (esta visão e este enfoque se concretizavam numa imensa diferença). As artes liberais eram o apoio fundamental para aqueles que almejavam um conhecimento das causas primeiras e para poderem, em vida, contemplar o fim último do homem e chegar à vida eterna.
As famílias que iam abandonando suas práticas pagãs e voltavam-se para a Verdade imutável; em seu seio, buscavam o mais cedo possível trazer a salvação para as almas das crianças.
Um estudioso sério que se proponha a observar os mil anos que decorrem do início da Idade Média até seu fim, vai notar que esse não é um "período de trevas" como certos historiadores iluministas e principalmente protestantes afirmaram, mas sim a época de uma busca incessante para conquistar a vida eterna. E a educação será a base para tal conquista.
A educação medieval atinge seu píncaro com o surgimento das universidades, no período conhecido como baixa Idade Média. Deve-se destacar que a universidade, uma das mais exaltadas instituições criadas pelo homem, teve sua origem na época medieval. E não surgiu por acaso nem de uma hora para outra, mas sim dentro de um processo gradual de preocupação da família e da Igreja Católica. Infelizmente, como num funesto efeito colateral, tal evento será o início da derrocada do próprio ensino medieval e o início da malfadada educação moderna.
O princípio da decadência do ensino e da
educação
Seria de se supor que as universidades
dariam continuidade ao ensino originado nas escolas monacais, mas tal coisa não
aconteceu. O que se viu no decorrer dos anos foi uma formação cada vez mais
especifica e especializada. A preocupação não era mais com a formação
para o enobrecimento da alma, o conhecimento da verdade e, em última análise, a
contemplação de Deus, ma sim com a mera conquista de um diploma que alavancasse
uma carreira profissional. Esse fenômeno se alastrou por todas as nações da
Europa.
As universidades são difusoras de novas
ideias. E ideias por si só não podem causar nenhum dano, a não ser que se
tornem perigosas pela ação do homem. Como o objeto principal do ensino (Deus) foi
deixado de lado, abriu-se caminho para a entrada das mais diferentes formas de
ver o mundo e a eternidade.
Os avanços que hoje vemos em medicina,
engenharia, tecnologia, agricultura e outros se devem às universidades. Por
outro lado, ideias como controle da natalidade, ideologia de gênero, o
ecologismo como bandeira esquerdista, o relativismo religioso, a negação da
existência de Deus e de uma alma imortal, o ateísmo militante e as grossas
calúnias contra a Igreja também são frutos do ensino universitário voltado
exclusivamente para o mundano. Tais ideias foram cada vez mais divulgadas por aqueles
que se formavam na universidade, espalhando-se por todos os recantos e
atingindo, inclusive, a família, o núcleo fundamental da sociedade.
O ensino e a necessidade de bons professores
Ao lado da família, outro ator importante
para a educação é o professor. Seu papel é ser um mediador entre o
conhecimento e o aluno. Por vocação, a dedicação dos professores leva a
sacrifícios sem igual para se adquirir um conhecimento que será transmitido
para os alunos.
Hoje, principalmente em nossa nação, essa é
uma das profissões de menor prestígio. Uma das consequências é a falta de
professores, já sentida em vários níveis de ensino. Urge o surgimento de bons
professores que tenham uma formação completa, que amem o que fazem e, mais do
que nunca, amem a Deus e à sua Igreja. Do mesmo modo que um professor ruim pode
encher a cabeça dos alunos com ideias erradas, um bom professor pode auxiliar o
aluno a alcançar o bom conhecimento e prepará-lo para buscar a vida eterna.
A Igreja, em sua sabedoria, conhece a importância de tais núcleos:
família e escola (com seus professores) e também celebra o dia da santa
reconhecida como Doutora da Igreja, modelo de professora que ensinou como amar
a Deus e buscá-lo incessantemente, Santa Tereza d’Avila,.
A restauração do ensino voltado
para a contemplação da eternidade não é um caminho fácil. A família foi atacada e continua vindo sendo
atacada, de modo especial nas últimas décadas, das mais diferentes formas, enquanto
ia sendo esquecido o seu papel fundamental na formação das crianças. Cabe a
nós, católicos, assumir esse processo de restauração.
Urge que sejamos exemplos como família
e, também, exemplos de professores e fiscais (sim, senhor) dos próprios
professores. Não importa em que lugar estivermos, em união com o Santo Padre e
a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, precisamos voltar a ser sal da Terra
e a luz do Mundo.
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