quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Especial - Educação: um caminho para a eternidade

A Paz de Cristo,
O site O Fiel Católico, traz a nós novamente mais uma matéria especial maravilhosa que trata da Educação, um caminho para a eternidade. Vale a pena ser lida e estudada.
Abaixo um resumo, mas acessem também o link: http://www.ofielcatolico.com.br/2005/11/educacao-um-caminho-para-eternidade.html e vejam a matéria completa.

Artigo do Prof. Erich Ferreira Caputo,
do Oratório Secular de S. Filipe Neri de São Paulo


PODE PARECER estranho para o homem moderno, mas a verdadeira educação deve ter um único fim: o encontro da alma com o que existe de mais eterno e imutável, isto é, Deus. E cabe à família dar o impulso para esse primeiro passo que levará a pessoa em direção à eternidade. 
Logo, pode-se dizer que a base da educação é a família, e por meio dessa afirmação é possível traçar um pouco dos atuais problemas pelos quais passa não só a nossa pátria como as demais nações do mundo.

As raízes de nossa educação

A família romana mantinha a religião como elemento central em sua vida, e o pai era o sacerdote responsável por ela. O núcleo familiar e sua rotina religiosa expandiam-se, com seus hábitos e costumes, por toda a cidade. Para se tornar um cidadão romano, a criança recebia uma educação familiar religiosa que seria depois aprimorada pelo ensino formal, sendo este voltado em grande parte para sua vida na sociedade.
Com o colapso do império romano do ocidente, em cerca de 476 dC, boa parte da cultura antiga foi perdida. Coube à nascente Igreja Católica recolher, por meio dos mosteiros, toda a cultura ocidental, além de ser a fundadora e, principalmente, a professora de uma nova civilização.
O fim do Império deu origem ao chamado feudalismo, que veio a culminar com a formação de um novo império romano ocidental, porém não mais pagão e sim cristão. Sob a autoridade da Santa Igreja, terá origem a cristandade medieval. 

A cultura clássica foi cristianizada pelas escolas monacais e todos aqueles que desejavam uma educação formal seriam então preparados a partir dos chamados Trivium (que reunia estudos de gramática, retórica e lógica/dialética) e Quadrivium, com o estudo das chamadas artes liberais (astronomia, matemática, geometria e música).

É fundamental notar que, nesse tempo, não era a formação do cidadão para o mundo que importava, mas sim sua preparação para buscar o Reino dos Céus (esta visão e este enfoque se concretizavam numa imensa diferença). As artes liberais eram o apoio fundamental para aqueles que almejavam um conhecimento das causas primeiras e para poderem, em vida, contemplar o fim último do homem e chegar à vida eterna.

As famílias que iam abandonando suas práticas pagãs e voltavam-se para a Verdade imutável; em seu seio, buscavam o mais cedo possível trazer a salvação para as almas das crianças.

Um estudioso sério que se proponha a observar os mil anos que decorrem do início da Idade Média até seu fim, vai notar que esse não é um "período de trevas" como certos historiadores iluministas e principalmente protestantes afirmaram, mas sim a época de uma busca incessante para conquistar a vida eterna. E a educação será a base para tal conquista.

A educação medieval atinge seu píncaro com o surgimento das universidades, no período conhecido como baixa Idade Média. Deve-se destacar que a universidade, uma das mais exaltadas instituições criadas pelo homem, teve sua origem na época medieval. E não surgiu por acaso nem de uma hora para outra, mas sim dentro de um processo gradual de preocupação da família e da Igreja Católica. Infelizmente, como num funesto efeito colateral, tal evento será o início da derrocada do próprio ensino medieval e o início da malfadada educação moderna.

O princípio da decadência do ensino e da educação
Seria de se supor que as universidades dariam continuidade ao ensino originado nas escolas monacais, mas tal coisa não aconteceu. O que se viu no decorrer dos anos foi uma formação cada vez mais especifica e especializada. A preocupação não era mais com a formação para o enobrecimento da alma, o conhecimento da verdade e, em última análise, a contemplação de Deus, ma sim com a mera conquista de um diploma que alavancasse uma carreira profissional. Esse fenômeno se alastrou por todas as nações da Europa.
As universidades são difusoras de novas ideias. E ideias por si só não podem causar nenhum dano, a não ser que se tornem perigosas pela ação do homem. Como o objeto principal do ensino (Deus) foi deixado de lado, abriu-se caminho para a entrada das mais diferentes formas de ver o mundo e a eternidade. 
Os avanços que hoje vemos em medicina, engenharia, tecnologia, agricultura e outros se devem às universidades. Por outro lado, ideias como controle da natalidade, ideologia de gênero, o ecologismo como bandeira esquerdista, o relativismo religioso, a negação da existência de Deus e de uma alma imortal, o ateísmo militante e as grossas calúnias contra a Igreja também são frutos do ensino universitário voltado exclusivamente para o mundano. Tais ideias foram cada vez mais divulgadas por aqueles que se formavam na universidade, espalhando-se por todos os recantos e atingindo, inclusive, a família, o núcleo fundamental da sociedade.


O ensino e a necessidade de bons professores
Ao lado da família, outro ator importante para a educação é o professor. Seu papel é ser um mediador entre o conhecimento e o aluno. Por vocação, a dedicação dos professores leva a sacrifícios sem igual para se adquirir um conhecimento que será transmitido para os alunos.
Hoje, principalmente em nossa nação, essa é uma das profissões de menor prestígio. Uma das consequências é a falta de professores, já sentida em vários níveis de ensino. Urge o surgimento de bons professores que tenham uma formação completa, que amem o que fazem e, mais do que nunca, amem a Deus e à sua Igreja. Do mesmo modo que um professor ruim pode encher a cabeça dos alunos com ideias erradas, um bom professor pode auxiliar o aluno a alcançar o bom conhecimento e prepará-lo para buscar a vida eterna.
 A Igreja, em sua sabedoria, conhece a importância de tais núcleos: família e escola (com seus professores) e também celebra o dia da santa reconhecida como Doutora da Igreja, modelo de professora que ensinou como amar a Deus e buscá-lo incessantemente, Santa Tereza d’Avila,.
 A restauração do ensino voltado para a contemplação da eternidade não é um caminho fácil. A família foi atacada e continua vindo sendo atacada, de modo especial nas últimas décadas, das mais diferentes formas, enquanto ia sendo esquecido o seu papel fundamental na formação das crianças. Cabe a nós, católicos, assumir esse processo de restauração.
Urge que sejamos exemplos como família e, também, exemplos de professores e fiscais (sim, senhor) dos próprios professores. Não importa em que lugar estivermos, em união com o Santo Padre e a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, precisamos voltar a ser sal da Terra e a luz do Mundo.


Fonte: http://www.ofielcatolico.com.br/2005/11/educacao-um-caminho-para-eternidade.html (acessado em 18/11/2015).


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