Desta vez estamos postando uma matéria especial do site O Fiel Católico tratando de uma pergunta muito comum, mas também muito bem respondida, como tantas outras que este site maravilhoso nos traz. Segue:
De modo semelhante, o Antigo
Testamento é um figura do Novo; o Sábado judaico é uma figura do Domingo
cristão. O Catecismo da Igreja assim explica:
“O Domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede
cronologicamente, a cada semana, e cuja prescrição ritual substitui, para os
cristãos. Leva à plenitude, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do Sábado
judaico e anuncia o repouso eterno do homem em Deus. Com efeito, o culto da Lei
preparava o Mistério de Cristo, e o que nele se praticava prefigurava, de
alguma forma, algum aspecto de Cristo (1Cor 10,11).”
(CIC§2175)
(CIC§2175)
O que a esmagadora maioria desses
supostos "cristãos" judaizantes que persistem em guardar o sábado não
sabem é que os Apóstolos já celebravam a Missa “no primeiro dia da semana”,
isto é, no domingo, como ficou registrado na Bíblia Sagrada, em mais de uma
passagem:
• Nos Atos dos Apóstolos (20,7):
“No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a fração do Pão (isto é,
a Eucaristia)…”.
• Em Apocalipse (1,10), S. João diz: “No dia do Senhor (domingo), fui movido pelo Espírito…”.
• Em Apocalipse (1,10), S. João diz: “No dia do Senhor (domingo), fui movido pelo Espírito…”.
• Em 1Cor 16,2, S. Paulo Apóstolo
confirma que a coleta cultual era feita “no primeiro dia da semana” (domingo).
Trata-se de uma questão de tal
maneira elementar que também a igreja ortodoxa e as protestantes históricas
(mais antigas) guardam igualmente o Dia do Senhor, – o Domingo santificado, – e
não mais o Sábado judaico.
Além do testemunho bíblico, o livro apócrifo Epístola de Barnabás (datado do ano 74), que é um dos documentos mais antigos da Igreja, – tendo sido redigido antes ainda do Livro do Apocalipse, atesta: “Guardamos o oitavo dia (domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (15,6-8).
Além do testemunho bíblico, o livro apócrifo Epístola de Barnabás (datado do ano 74), que é um dos documentos mais antigos da Igreja, – tendo sido redigido antes ainda do Livro do Apocalipse, atesta: “Guardamos o oitavo dia (domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (15,6-8).
Sto. Inácio de Antioquia (107),
mártir no Coliseu de Roma e bispo da Igreja primitiva, testemunhou de modo
claríssimo:
“Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a
nova esperança, não mais observando o sábado, mas sim o Dia do Senhor, no qual
a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte.”(Aos Magnésios 9,1)
Devido à Tradição Apostólica, que tem
origem no próprio dia da ressurreição do Cristo Salvador, a Igreja celebra o
Mistério Pascal no dia que desde o início foi chamado "Dia do Senhor"
ou "Domingo” (da mesma raiz semântica de 'Senhor'/Dominus). O dia
da ressurreição de Cristo é, ao mesmo tempo, “o primeiro dia da semana”,
memorial do primeiro dia da Criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois de
sua Morte Sacrificial e “repouso” no grande Sábado, inaugura o "Dia que o
Senhor fez para nós”, o “Dia que não conhece ocaso” (CIC §1166).
S. Justino (165) Mártir legou-nos
também o seu testemunho:
“Reunimo-nos todos no 'Dia do Sol', porque
é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que
Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus
Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos.”(Apologia 1,67)
Também S. Jerônimo (420), Confessor e
Doutor da Igreja, atestou a praxis sempiterna da Igreja:
“O Dia do Senhor, o Dia da Ressurreição, o Dia dos Cristãos, é o nosso
dia. Por isso se chama Dia do Senhor: foi nesse dia que o Senhor subiu
vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam Dia do Sol, também nós o
confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a Luz do Mundo, hoje apareceu o
Sol de Justiça cujos raios trazem a salvação.”
(CCL, 78,550,52)
Desta forma, tanto as Sagradas Escrituras quanto o testemunho de toda a documentação histórica, juntamente com a sagrada Tradição apostólica nos mostram porque, desde a Ressurreição do Senhor, a Igreja sempre guardou e continua guardando não mais o Sábado judaico, mas o Domingo da Ressurreição e do estabelecimento da Nova e Eterna Aliança como Dia do Senhor.
Fonte: http://www.ofielcatolico.com.br/2005/10/por-que-igreja-guarda-o-domingo-e-nao-o.html (acessado dia 07/10/2015)
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