quinta-feira, 25 de junho de 2015

24/06 - Dia do grande São João Batista, voz do Precursor que clama no deserto

A Igreja celebra tanto o seu nascimento (24 de junho) quanto o seu martírio (29 de agosto) em solenidades próprias

Por Felipe Marques (clique aqui para ler a matéria completa)

JOÃO BATISTA é a voz que nasce de um pai mudo e a alegria que brota num ventre estéril. O seu próprio nome (ןָנָחוֹי – Yôhanan) é uma mensagem, a mensagem de alegria que esta voz irá anunciar: “Deus Dá a Graça”. João Batista, ponte entre o Antigo e o Novo Testamento, está intrinsecamente ligado ao plano de salvação do Cristo, assim como os demais profetas que passaram pela Terra anunciando a vinda do Messias. Visto que seu nascimento também é um milagre, João Batista não é apenas outro profeta que anuncia o Cristo, mas o último profeta que anuncia o Salvador, e convive com Ele.

Há 6 meses de distância entre o nascimento de São João Batista e o de Nosso Senhor Jesus Cristo. João é o Precursor; profeta ao mesmo tempo do Antigo Testamento e da Nova Aliança entre Deus e os homens; – essa conexão se dá através da seguinte realidade: seu pai, Zacarias, que era sacerdote, está no Templo, lugar do culto da antiga Aliança. Ali, onde ele oferta o sacrifício a Deus, recebe o anúncio angélico do nascimento de seu filho.

Os Padres da Igreja traçam o seguinte paralelo: São João Batista é a voz, e Nosso Senhor Jesus Cristo é a Palavra. A Palavra é mais que a voz: João Batista é um veículo que transmite a Mensagem, e Jesus é a própria Mensagem.
No Evangelho segundo São João, – no versículo 30 do capítulo 3, – diz o Batista: “Convém que Ele cresça e eu diminua”. É necessário entender essa relação que São João tem com o Antigo Testamento, que deve diminuir, para que a Boa Nova cresça. O Antigo Testamento perde a voz, para que a Mensagem real, que é o próprio Cristo, seja entregue a todos.

Comparado ao grande profeta Elias pelo próprio Cristo (Mt 11,1-19), São João Batista, “o maior entre aqueles que nasceram de mulher”, é a representação pura do ascetismo cristão, o reflexo do despojo de si mesmo que culmina na Glória de Deus.


 “Depois de mim vem Outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia das sandálias” (Mc 1,7).

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