segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A Igreja e o carnaval: o cristão pode "brincar" o carnaval?

A Paz de Cristo, 
Segue mais um resumo de uma matéria do site O Fiel Católico, espero que contribua para nosso conhecimento:

Antes de tudo, precisamos reconhecer que existem festejos e grupos carnavalescos, principalmente em cidades interioranas e em Estados fora do eixo Rio-São Paulo, que comemoram o carnaval de maneira tranquila e saudável, e não é impossível encontrar ambientes onde se toque música decente e se encontrem pessoas que querem apenas descontrair, sem necessariamente cair nos abusos. Claro que não há pecado em se reunir com amigos e festejar o feriado, ou mesmo em procurar algum clube familiar para se divertir um pouco. Este artigo procura tratar o carnaval a partir de um ponto de vista mais genérico. Estamos falando daquilo que mais comumente se entende por carnaval, de suas origens e suas consequências.

Não. Não há como negar que, falando no linguajar atual, os bailes e festas de carnaval que temos hoje são "mega-ocasiões" para o pecado! Vemos assim como a questão não é tão complexa. Na realidade, estamos tratando de coisa muito simples.
Verdadeiramente, segundo a Sã Doutrina de sempre da Igreja Católica, sob o patrocínio de Santo Afonso Maria de Ligório,
"expor-se a uma ocasião próxima de pecado mortal, que se poderia evitar, já é pecado mortal de imprudência".
E é por esse caminho que vemos, hoje, a cristandade como que a se derreter, aniquilando-se a si mesma, como cera próxima do fogo. A necessária reforma das consciências cristãs requer necessariamente que se restitua às almas o horror pelo pecado. Não é possível querer ser cristão e continuar brincando com a própria salvação eterna, expondo-se aos sutis laços do inferno que são as ocasiões próximas de pecado. Assim, pergunta a Sagrada Escritura:
“Pode alguém caminhar sobre brasas sem queimar os próprios pés?” (Pr 6,28).

Adverte-nos, ainda, Sto. Afonso de Ligório:
"Um sem número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado. Quantas almas lá no inferno não se lastimam e queixam: 'infeliz de mim! Se tivesse evitado aquela ocasião, não estaria agora condenado por toda a eternidade!'. (...)

O Espírito Santo diz: 'Quem ama o perigo, nele perecerá' (Eclo 3,27).

S. Pedro nos afirma que o demônio rodeia cada alma para ver se a pode tragar: 'Vosso adversário, o demônio, vos rodeia como um leão que ruge, procurando a quem devorar' (1Pd 5,8). S. Cipriano, explicando essas palavras, diz que o demônio espreita uma porta por onde possa entrar na alma; logo que se oferece uma ocasião perigosa, diz consigo mesmo: ‘Eis a porta pela qual poderei entrar’, e imediatamente sugere a tentação. Se então a alma se mostrar indolente para fugir da tentação, cairá seguramente, em especial se se tratar de um pecado impuro. 

 (...) É verdade que Deus atende a quem Lhe suplica, mas não poderá atender à oração daquele que conscientemente se expõe ao perigo e não o deixa, apesar de o conhecer.

Sobre a festa do carnaval

Muitos imaginam que o carnaval tem origem brasileira, mas a festa existe desde a Antiguidade. De fato, não se conhece ao certo a origem do carnaval, assim como a origem do nome. Historicamente é uma festa popular coletiva, transmitida através dos séculos como herança de antiquíssimas festas pagãs realizadas entre 17 de dezembro (Saturnais – em honra a deus Saturno, na mitologia grega) e 15 de fevereiro (Lupercais – em honra a deus Pã, na Roma Antiga).
No início da Era Cristã, a Igreja deu uma nova orientação às festividades do carnaval. Ao contrário do que se diz, o catolicismo não "adotou" o carnaval, mas deu à festa popular um novo sentido, já que ela foi anexada ao calendário religioso antecedendo a Quaresma. A festa agora terminava em penitência, na Quarta-feira de Cinzas.

Como se vê, lamentavelmente, apesar de a Igreja ter sempre tentado dar um novo sentido à festa da carne, não obteve nisso um grande sucesso. Se formos comparar o que ocorre hoje com as festas que ocorriam na antiguidade pagã, não veremos grandes diferenças. Orgias, embriaguez, brigas, mortes... Excessos de todo tipo, enfim.

Como cristãos, somos sempre chamados a santidade, e o sentido da palavra santo é "outro" ou "separado". Santo é aquilo/aquele que está separado do impuro ou do profano para o serviço de Deus. Não podemos, em situação alguma, fazer parte de algo que está em oposição a Deus. O carnaval não é exceção.

Sempre é oportuno lembrar o que diz S. Paulo Apóstolo:

"Não podeis beber ao mesmo tempo o Cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da Mesa do Senhor e da mesa dos demônios." (1Cor 10,19-22)

Acesse o link e leia a matéria completa: Fonte: http://www.ofielcatolico.com.br/2001/03/a-igreja-e-o-carnaval-o-cristao-pode.html (acessado em 16/02/2015)
Fonte da imagem: http://www.amormariano.com.br/wp-content/uploads/01081101115_santoafonso.gif

Referências utilizadas pela fonte:
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Ref.:
Miguel Maria Claret - "A Cera e o Fogo" 
MONTFORT Associação Cultural
http://montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=cera_fogo&lang=bra 
Acesso 01/03/014

Últimas e derradeiras graças, "A Fuga das Ocasiões de Pecado: um dos mais graves deveres da vida espiritual", disponível em:

http://derradeirasgracas.com/3.%20V%C3%A1rios%20Assuntos/A%20Fuga%20das%20ocasi%C3%B5es%20de%20pecado%20.htm
Acesso 1/3/014
ofielcatolico.blogspot.com


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