Hoje na Paróquia São Vito Osasco:
Missa do Lava Pés para os enfermos às 09:00hs da manhã e às 19:30hs para TODA Paróquia, com transladação do Santíssimo na Matríz São Vito.
O lava-pés
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A quaresma é tempo
de fazer "caminho" com Jesus, para chegar à Ressurreição. Fazer
caminho significa conversão e seguimento. A quaresma sempre nos propõe a olhar
os gestos de Jesus e para uma verdadeira conversão.
O que significa converter-se num mundo que nos propõe todas as facilidades para
viver globalmente o individualismo?
Jesus ao percorrer o caminho da cruz não pensa nele, nas suas dores, mas nas
dores de tantos crucificados como Ele, que buscam a Ressurreição. A cruz é
sinal de conversão, mudança, transformação para a conquista de mais vida.
Páscoa é passar de uma vida centrada sobre nos mesmos, sobre o nosso egoísmo,
para uma vida solidária com os muitos irmãos marginalizados em nossa sociedade.
Portanto, o anúncio cristão não pára na cruz. No meio de nós está presente
Jesus, o Ressuscitado, o Deus vivo. Antes de tomar o caminho da cruz, Jesus nos
apresenta uma proposta de vida, que é um programa de conversão: o lava-pés. O
lava-pés traduz toda a vida de Jesus: o amor. "Ele, que tinha amado os
seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1) ou seja até as
últimas conseqüências do gesto de amar, isto é, até a cruz: "Tudo está
realizado" (Jo 19,30).
Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este
aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as
alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.
- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do
nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.
- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na
condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o
que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que
nos bloqueiam na prática do bem.
- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para
servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo"
(Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na
generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se
em último lugar.
- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo:
água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres.
Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer,
assumir o que o povo vive, sofre, sonha...
- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus
se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os
pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações,
a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...
- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés
calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus
nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos:
visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma
palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...
Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar:
Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos
assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?
Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que
mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do
servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim
poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição. Feliz Páscoa!
Ir. Marlene Bertoldi
www.portalcatolico.org.br
Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/semanasanta/12.htm (acessado em 17/04/2014)
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