JORNADA MUNDIAL
DA JUVENTUDE
Peregrinos de fé
e consciência
Com
o objetivo de aprender e ensinar, saímos da Paróquia São Vito dia 26 de julho
de 2013, por volta das 23hs rumo à Jornada Mundial da Juventude no Rio de
Janeiro, com mochilas e um saco de dormir, num ônibus que nos deixou próximo à
rodoviária e que iria nos buscar no dia seguinte. Erámos aproximadamente 100 pessoas, entre idosos, adultos e
jovens que ao chegarmos iniciamos nossa peregrinação, no caminho, bandeiras de
diversos países dizia que o caminho era um só.
Paramos
no histórico sambódromo do Rio de Janeiro, não para sambar, mas para celebrar a
tudo que Jesus representa, até que depois de mais de 3 horas de espera
conseguimos nosso Kit peregrinos, agora sim, iniciava a verdadeira peregrinação
de 9 km.
Passamos
pela catedral onde o Papa havia rezado uma missa, na caminhada, passamos pelos
arcos da lapa e pela orla da praia de botafogo com a vista do pão de açúcar.
Será que nossa jornada seria tão complicada quanto escalar o pão de açúcar? Nem
tanto, mas desistimos do Kit alimentação, a fila era gigante e a previsão de
aproximadamente 4 horas para conseguir o alimento.
Resistência,
esta foi uma das palavras de ordem, caminhar sempre em frente, este foi o
sentido, com muita fé, coragem, cantos, hinos e rezas, numa consciência sempre
presente de paz, justiça e amor entre irmãos numa verdadeira comunhão.
Chegamos
a Copacabana depois de muitas paradas, já à noite, algo inesquecível, mas muito
mais viria a acontecer, ali vivíamos o momento de vigília com o Papa Francisco,
um líder, um mentor espiritual que com um sorriso inspirava à paz, amor e
tranquilidade.
Procurar
um lugar para dormir também era prioridade, mas em meio a aproximadamente 3
milhões e 500 mil pessoas era difícil, ruas, calçadas e a areia da praia estavam
ocupadas, enfim, ancoramos onde primeiro encostamos para um descanso a
aproximadamente 1km ½ do início da praia. Esticamos nossos sacos de dormir, e diante
de uma noite de cantorias e passeatas tentamos dormir, iluminados pela vigília
e pelas estrelas que resolveram
aparecer depois de um dia com tantas variações climáticas.
Em meio a tanta liberdade
espiritual, um movimento ateu, agnóstico, político talvez, nos chamavam de
alienados, mas que Deus os perdoe, eles não sabem o que falam, sabíamos muito
bem o que estávamos fazendo, conscientes de nossos objetivos, do que esperávamos
e queríamos nesta jornada. A realidade de cada um faz com que unifiquemos
nossas esperanças nos evangelhos de Cristo e diversifiquemos nossas atitudes,
dentro desses princípios, para atingirmos os objetivos de cada comunidade,
privilegiando principalmente as crianças e os pobres.
Felizmente amanheceu e toda nossa
atenção se voltou para a missa, algo nunca realizado para tantas pessoas
presentes em um mesmo lugar. Algo universal, porque reuniu dezenas de
nacionalidades e apesar das diversas línguas, naquele momento e como também
ocorre em todas as missas a linguagem era a mesma.
Por fim, fazei discípulos, esta foi
a missão dada, até a Cracóvia, Polónia, em 2016. Assim voltamos com as mesmas
malas, no mesmo ônibus, mas com uma vida que nunca mais será a mesma.
Pela ponto de vista de : Sidnei Sólon, escrito entre os dias 30/07/2013 e 01/08/2013.
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