quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

É recomendável (ou lícito) fazer promessas a Deus?

A Paz de Cristo,

Trazemos a Todos um importante assunto, muito bem respondido pelo site O Fiel Católico, com base na Bíblia e no catecismo da Igreja Católica e que vale a pena ser lido na integra. Resumimos aqui apenas para introduzi-los no tema:
2101. Em várias circunstâncias, o cristão é convidado a fazer promessas a Deus. O Batismo e a Confirmação, o Matrimônio e a Ordenação sempre as contêm. Por devoção pessoal, o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à Majestade divina e do amor para com o Deus fiel.
Os parágrafos 2102 e 2103 também tratam do assunto.
O voto de Jacó (Gn 28)
Desde os tempos do Antigo Testamento há o costume de se fazer votos a Deus, mas sempre houveram também sérias recomendações a esse respeito: "Mais vale não fazer voto, que prometer a não ser fiel à promessa" (Ecl 5,4), 
Oferece a Deus um sacrifício de louvor e cumpre teus votos para com o Altíssimo."
(Sl 50,14)

É fundamental lembrar que as promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois sabe o que é melhor para cada um de nós (mesmo que não pareça e não possamos compreendê-lo em certos momentos), mas estas podem obter do Senhor, muitas vezes através da intercessão dos santos, graças de que necessitamos. Lembremo-nos de que Nosso Senhor Jesus Cristo nos mandou pedir, e pedir e com insistência. Mas não nos esqueçamos de que estes pedidos, segundo as exortações do Senhor, devem ter sempre como foco principal os bens espirituais e a salvação de nossas almas.

Outro ponto essencial é saber muito bem que as promessas nada têm de "mágico" ou de mecânico, nem podem ser encaradas como uma espécie de barganha com Deus, pois não se destinam a “dobrar a Vontade do Senhor. Às vezes alguns fiéis prometem coisas que não podem cumprir, – seja por falta de condições físicas, psíquicas ou financeiras, – e depois amedrontam-se pelo castigo divino. Pior ainda é quando alguém faz uma promessa para que outro a cumpra, sem o seu consentimento. Os pais, por exemplo, não devem fazer promessas para os filhos cumprirem.

No fim, as melhores promessas que podemos fazer diante de Deus, – e que já fazemos em todas as Santas Missas e sempre que recebemos os Sacramentos, – são aquelas que o próprio Cristo nos ordena: a oração, o auxílio aos necessitados e o jejum (cf. Mt 6,1-18), que são reflexo das Virtudes teologais, que são as mais perfeitas virtudes que podemos ter e cultivar: fé, esperança e amor/caridade. Assim, a Santa Missa é o centro e o alimento por excelência da vida cristã. A esmola “encobre uma multidão de pecados” (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano. O Salvador disse ainda que certos males só podem ser eliminados pelo jejum e pela oração (Mt 17,21).

Se a prática das promessas levar o cristão católico ao exercício dessas boas obras, então é salutar. Se de algum modo visarem o egoísmo e a vaidade, envolverem a crença de manipulação de energias espirituais ou ainda camuflarem sentimentos incompatíveis com a autêntica fé cristã, então são condenáveis. Aqui vale lembrar que as promessas ou votos católicos nada têm a ver com as “as ditas obrigações” de certos cultos afro-brasileiros, que visam o comércio e a manipulação de realidades invisíveis, mas são expressões do mais puro amor filial ao Deus Uno e Trino.




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