O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. “Converte-nos, a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21).
Confessar-se não basta!
Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como uma graça, essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por meio de obras de misericórdia e de caridade.
Antes da confissão
Como fazer o exame de consciência?
Pense:
AMOR DE DEUS
“Amarás o Senhor teu Deus com todo teu coração.” (Dt 6,5)
AMOR AO PRÓXIMO
“Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jô 15,12)
AMOR A SI MESMO
“Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai...” (MT 5,48)
Durante a confissão
Depois de preparar-se para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarde pacientemente sua vez, invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e a graça de uma conversão radical.
Aproximando-se do sacerdote:
Faça o sinal da cruz
O penitente pode escolher confessar-se com ou sem confessionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade).
Então, pode iniciar a confissão dizendo:
“Abençoa-me padre, eu pequei”.
Em seguida, diz com a maior precisão possível:
o tempo transcorrido desde a última confissão,
seu estado de vida(celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado...) e
se cumpriu a penitência recebida na última confissão
Segue-se a partir daí a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que intensamente pesam na consciência.
São confessados primeiro os pecados graves ou mortais, segundo sua espécie e número, sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsabilidade.
Para se obter um aumento da graça e força no caminho da imitação de Cristo, confessam-se também os pecados veniais.
Em seguida, disponha-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta.
O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula de absolvição.
Ato de Contrição 1
Meus Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a vossa graça, esforçar-me para ser bom. Meu Jesus, misericórdia!
Ato de Contrição 2
Meu Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre toda as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, ter vos ofendido; pesa-me também ter perdido o céu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio de vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Amem.
No final, o penitente despede-se do sacerdote respondendo à sua saudação: “Demos graças a Deus” e então permanece um pouco na Igreja agradecendo ao Senhor.
Após a confissão
Escute a palavra de Deus para (depois) receber em si a graça do alimento eucarístico. São pedidas determinadas disposições da alma:
É preciso estar na graça de Deus
Mesmo se o Corpo e Sangue de Cristo são dados para remissão dos pecados, devemos recordar-nos que o sacramento instituído para remissão de todos os pecados (e não só dos pecados mortais) é a confissão, a graça que flui daí tem uma eficácia especial da purificação e de sustento no esforço de reparação e de progresso. Por isso a comunhão exige uma confissão recente.
Necessita-se saber e acreditar que o que se vai receber é o Corpo de Cristo
Por isso quando nos é dado o “Corpo de Cristo” respondemos “Amém” como expressão da própria fé.
Observar o Jejum Eucarístico
Isso significa abster-se dos alimentos, bebidas (com exceção de água), balas, cigarro... pelo menos uma hora antes da comunhão.
ACOLHER A PALAVRA
“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jô 13,34-35)
“Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados” (MT 7,1-2ª).
“Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas” (MT 6,15)
Fonte: Confessar-se. Como? Porque? Editora Canção Nova. 13º Ed. São Paulo, 2010.